Manter um banco de dados e um sistema em perfeito funcionamento já é algo que às vezes impõe dificuldades aos profissionais de TI, além de exigir cuidados permanentes com eles e demais pontos da infraestrutura de tecnologia da empresa. Quando a situação envolve mais de um banco ou sistema, cuidados ainda maiores e uma série de riscos passam a requerer atenção dos envolvidos.
A integração entre bancos de dados e aplicações coloca à frente da equipe linguagens de programação distintas, bancos com diferentes funcionamentos e outros aspectos possivelmente conflitantes de recursos da infraestrutura que terão de funcionar em conjunto.
Então, veja os principais cuidados a serem tomados para o processo sair como o planejado e entregar os serviços esperados aos usuários.
Duplicidade de informações
Bancos de dados diferentes podem contar com algumas informações em comum. Por exemplo, o banco de um CRM registra dados de clientes e uma solução especializada na gestão de custos de fretes armazena dados relacionados à contratação de transportadoras. Enquanto isso, o ERP da empresa também conta com dados relacionados a esses dois processos em seus módulos. Logo, essa integração poderia duplicar alguns registros.
Essa duplicidade pode acarretar problemas aos usuários e dificuldades no alcance dos objetivos da integração, como se todo valor de frete contratado for exibido duas vezes ou multiplicado por 2 no ERP por conta da sobreposição de dados idênticos.
Portanto, é preciso que se tenha cuidado para evitar os efeitos da repetição ou da soma de informação em comum entre os bancos. Uma solução pode ser a eliminação dos dados vindos de uma das fontes no momento em que elas se integram, fazendo com que a informação seja exibida uma vez na interface do usuário. Outro cuidado pode ser o de limitar o volume de dados coletados pelos sistemas de cada database, fazendo com que na integração ocorra a complementação sem repetição.
Linguagens de programação
É muito comum que sistemas e bancos de dados sejam programados com linguagens e lógicas diferentes, ainda que sejam soluções desenvolvidas para empresas de um mesmo mercado. E isso pode dificultar em muito a realização do engajamento técnico pretendido.
Antes mesmo de iniciar uma integração, os responsáveis pelo projeto podem buscar por soluções desenvolvidas na mesma linguagem da já obtida e que deverá ser integrada. Dessa forma, a tarefa é facilitada e são reduzidos os riscos de erros e problemas durante e após a incorporação.
Caso essa dificuldade seja identificada somente depois de adquirida a solução a ser integrada, os diferentes profissionais envolvidos devem se unir para agregar competências e conhecimento no intuito de analisar o cenário e encontrar uma solução. Ou a empresa pode contar com ajuda de assessoria externa especializada na linguagem que a equipe de TI não domina ou no problema especificamente.
Integração de bancos e sistemas legados
A integração entre bancos de dados e sistemas pode apresentar outro problema, como o abordado acima, relacionado à adaptação deles em uma infraestrutura em comum: falta de compatibilidade por parte de sistemas e bancos legados.
Quando ocorre, estas são as duas opções para resolução:
- criar um novo database para substituir o legado, e que possa ser integrado da forma necessária;
- importar os dados para um banco novo e que possa ser integrado à tecnologia que será aplicada.
No primeiro caso, informações são perdidas. Por isso, as opções podem se complementar para gerar o melhor resultado: um banco mais moderno e passível de integração sem perda de dados importantes.
Segurança
Manter a segurança é sempre uma prioridade no trato com infraestrutura de TI e dados. Na hipótese de uma integração, os cuidados são para evitar que brechas, vulnerabilidades e acessos não autorizados sejam deixados após a finalização do projeto, que podem surgir de problemas como:
- falhas na própria integração;
- falhas na infraestrutura de TI;
- falhas no controle dos acessos pós-integração.
Por conta desses e de outros riscos, os acessos precisam ser monitorados e auditados, camadas de segurança que se complementam devem existir e testes de segurança, como testes de intrusão, têm de ser feitos.
Outra necessidade para garantir a segurança nesses casos é aplicação de criptografia, o que garante uso das informações e acesso aos sistemas e bancos de dados apenas a partir de locais autorizados. Com esse recurso, mesmo um vazamento ou um roubo de informação podem ter riscos reduzidos, pois elas podem ser inúteis aos criminosos sem as chaves de encriptação.
Também não se pode esquecer da programação de rotinas de backup frequentes e confiáveis, sendo feitas em cada banco integrado e separadamente no conjunto de dados agrupados. Assim, se ocorrer uma perda em qualquer um dos pontos de ligação, ou dos dados já integrados, é possível fazer a recuperação.
Atualizações e manutenção dos serviços
Aqui nos referimos mais à integração entre bancos de dados e sistemas em conjunto, fazendo referência a atualizações de softwares. Mesmo depois de um projeto de integração concluído com sucesso, podem ocorrer problemas nesse momento.
Por exemplo, uma nova versão de uma das aplicações integradas pode não ser compatível com a outra à qual foi integrada. E uma atualização pode se sobrepor a mecanismos desenvolvidos para evitar a duplicidade de dados fornecidos nas interfaces de usuários.
Então, a cada atualização, melhoria aplicada ou qualquer modificação feita na infraestrutura de TI, é preciso monitorar o funcionamento de bancos e sistemas integrados e analisar seus pontos críticos, bem como recursos de segurança, para certificação de que nenhum aspecto foi fragilizado e nada saiu de ordem.
Não é regra, mas esse processo pode impor diversas dificuldades antes e depois da conclusão e precisar de soluções inovadoras ou personalizadas para que seja implementado com sucesso e não gere problema algum. Porém, no geral, os cuidados que citamos são os mais comuns para garantir uma boa integração e estão presentes em todos os projetos desse tipo.
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