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Gestão estratégica de TI: a importância de ir além do operacional

Sua organização está adaptada para a transformação digital? A necessidade de rever o modelo de estruturação tecnológica exige uma gestão estratégica de TI. Afinal, o primeiro passo para se adequar a esse novo contexto é implementar tecnologias. O segundo é modificar o mindset, ou seja, a mentalidade da organização.

Em ambas as etapas, a TI tem um papel central. Ela ajuda a mostrar as vantagens das alterações e como elas são benéficas para o negócio. Mais que isso, atende às demandas de todos os setores organizacionais, a fim de facilitar o alcance dos objetivos estratégicos.

É claro que, dentro desse escopo, há muitas outras variáveis trabalhadas pela gestão de TI. Por isso, vamos explicá-la melhor, mostrar as diferenças para o gerenciamento operacional e quais vantagens a empresa tem ao implementar essa abordagem.

Diferenças entre gestão estratégica de TI e operacional

A gestão de TI precisa ser estratégica — e é provável que você já saiba disso. A questão é como atingir esse patamar.

Primeiro é preciso entender que a proposta é otimizar processos e fluxos de trabalho para alcançar os resultados esperados. Para isso, é preciso trabalhar a gestão estratégica dentro do conceito de governança de TI. Assim, são adotadas boas práticas de gerenciamento de ferramentas e recursos. Na prática, a área tecnológica atua em prol do aumento da produtividade dos setores e das vendas, bem como da economia de recursos.

A informação passa a ser, então, um ativo ainda mais valioso dentro da organização. Por meio dela é possível tomar decisões acertadas e monitorar indicadores a fim de definir os melhores caminhos a serem seguidos. Desse modo, são evitados gastos desnecessários e prejuízos, além da perda de competitividade.

Em suma, a gestão estratégica do setor de TI deixa de focar na resolução de problemas e passa a trabalhar com questões críticas ao negócio. O resultado é percebido com qualidade e valor agregados à administração empresarial e de cada departamento. Ao mesmo tempo, pelo progresso geral, a empresa pode conquistar mais participação de mercado, inovar na execução dos processos e tomar decisões de modo mais inteligente.

A gestão operacional de TI

O foco, nesse caso, é o ambiente de trabalho, os fluxos desenvolvidos e a equipe. Quando o gestor trabalha apenas com o viés operacional, a atuação é voltada para suporte e assistência técnica somente. Assim, a atenção é direcionada para o atendimento às demandas naturais dos profissionais de TI e àquelas que surgem a partir do uso dos sistemas e da estrutura por outros profissionais.

Da mesma forma, é identificada a necessidade de compra de novos equipamentos, de migração da infraestrutura para a nuvem ou até mesmo de melhoria dos gargalos operacionais de outros setores.

Porém, a atuação para por aí. Nesse caso, inexiste qualquer preocupação com os objetivos do negócio. Com a TI estratégica, a gestão é aperfeiçoada com a adoção de algumas prerrogativas:

  • a área deixa de ser um centro de custo e se transforma em um departamento que agrega vantagem competitiva;
  • a alocação de recursos é aprimorada devido à gestão efetiva e alinhada aos propósitos globais;
  • as arquiteturas e as políticas de tecnologia têm seus processos inseridos dentro das regras de compliance, que garantem redução de custos e riscos e bom aproveitamento de recursos;
  • o ambiente informacional é solidificado, o que proporciona a melhoria da geração das estratégias corporativas.

É necessário ainda deixar claro que o contexto operacional da TI é importante e não pode ser ignorado, mas sim deve estar dentro de uma abordagem estratégica e mais abrangente.

Benefícios da gestão estratégica

A gestão estratégica da TI tem a finalidade de atuar como ponte entre os demais setores, o alcance dos seus objetivos e os da empresa. Para isso, a área necessita de uma visão sistêmica e holística, tanto da organização quanto de seus processos e sistemas.

Ao atuar dessa forma, o departamento de tecnologia realiza um diagnóstico para identificação de gargalos, falhas recorrentes, pontos de atenção, sombreamento, retrabalhos e outros erros que geram prejuízos.

Ao mesmo tempo, a análise detecta os aspectos positivos, aqueles com oportunidades de melhoria, atividades dispensáveis ou que podem ser automatizadas e fluxos aptos para simplificação.

Ao fazer essa mudança, a companhia fica pronta para ingressar no cenário de transformação digital e conquistar os benefícios que mostraremos agora.

Monitoramento próximo da performance das equipes

O acompanhamento de indicadores e métricas ajuda a traçar os objetivos e verificar se as metas são buscadas da forma correta. Caso haja divergências, são feitas correções para alcançar os resultados esperados.

Por exemplo: se a empresa pretende diminuir as interrupções de sistema em 10% em três meses, mas nos primeiros 30 dias não forem verificadas melhorias, é preciso fazer uma nova análise e ajustar mais aspectos para perseguir o propósito.

Para fazer o monitoramento, é preciso contar com ferramentas de gestão, que consolidem os dados e evidenciem os pontos fortes e fracos por meio de relatórios. Dessa forma, torna-se possível fazer previsões e projetar tendências de curto, médio e longo prazos.

Redução de custos

O alinhamento entre a gestão de TI e corporativa é essencial para diminuir os gastos com ferramentas, equipamentos e tecnologias. As mudanças são implementadas a partir de planejamentos bem elaborados e eficientes que consideram as demandas internas.

Isso leva à redução dos desperdícios com as compras e a decisões mais inteligentes. Por exemplo: em vez de adquirir uma aplicação externa para alguma da tarefa do setor fiscal não abraçada pelo ERP, uma indústria pode implementar uma solução específica integrada a ele. No caso, uma despesa recorrente seria trocada por um investimento que tornaria seu principal sistema permanentemente mais qualificado.

Melhoria da segurança da informação

O cuidado com as informações é prerrogativa básica, porque o sequestro de dados pode gerar prejuízos financeiros imensos. Com uma gestão estratégica do setor de TI, são definidas as políticas de segurança para todos os colaboradores, enquanto a equipe de tecnologia tem a sua postura proativa, na tentativa de se antecipar a ameaças, com a ajuda de recursos de criptografia, firewall e demais opções.

Melhoria do atendimento aos usuários

Uma TI estratégica conhece melhor a empresa como um todo e as necessidades de cada área. Logo, tem mais condições de entregar serviços bem desenvolvidos e se antecipar aos mais variados tipos de problemas.

Todos esses aspectos geram valor e confiança para o departamento de tecnologia, o que contribui para seu desenvolvimento partindo do princípio que a diretoria entenderá melhor a importância tática do setor.

E na sua empresa, já existe uma gestão estratégica de TI ou ainda está difícil de quebrar o paradigma operacional? Além da mentalidade dos gestores e da área, existem outras ações que ajudam a implementar um gerenciamento mais abrangente, sobre as quais tratamos em nosso blog frequentemente. Então, fique atento aos nossos perfis em FacebookTwitterInstagram ou LinkedIn para não perder nenhuma atualização.