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7 erros de gestão em pequenas empresas que você deve evitar

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Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil teve mais de 316 mil empresas fechadas entre 2014 e 2019. É claro que características do cenário político-econômico do país impactaram em alguns desses fechamentos, mas erros de gestão também contribuem para que vários negócios, desde sempre, acabem fechando.

Por isso, é preciso evitá-los ao máximo, abandonando algumas práticas e adotando outras. E são sete desses erros que vamos abordar neste texto para ajudá-lo a passar longe de cometê-los. Acompanhe-nos.

1. Divulgar a empresa nos canais errados

Alguns empreendedores acreditam que devem divulgar produtos e serviços nas redes sociais, utilizando o maior número possível de canais, por conta de as pessoas em geral utilizarem elas. Porém, o público-alvo de uma empresa provavelmente não estará presente em todos os canais existentes, sejam eles redes sociais ou não.

Um erro comum desses normalmente é visto em empresas que prestam serviços apenas no mercado B2B e investem no Facebook e no Instagram apenas, enquanto ignoram o LinkedIn e o ranqueamento no Google. E considerando o exemplo, é mais provável que gestores e outros profissionais se relacionem comercialmente no LinkedIn e busquem informações sobre soluções no Google do que façam isso em qualquer rede mais voltada às interações sociais.

Esse é um dos erros de gestão, e de marketing, que afetam as vendas e atrapalham o crescimento do negócio. Portanto, é preciso entender em que tipo de mercado o empreendimento se encaixa, qual é o perfil do seu cliente ideal, em que canais ele pode ser encontrado e como chegar a ele.

2. Não utilizar um ERP

Sistemas de gestão não são ferramentas de uso exclusivo de grandes corporações. Pequenos negócios também devem utilizá-los para melhorar suas rotinas administrativas e ter mais exatidão em seus controles.

Um ERP para pequenas empresas torna as tarefas gerenciais mais fáceis e rápidas e reduz as chances de ocorrerem erros em registros, como na digitação de números de receitas e despesas ou no cálculo do saldo do fluxo de caixa de um período. Além disso, a ferramenta ainda auxilia nas análises acerca das finanças e outros quesitos entregando ao responsável relatórios gerais e personalizados sobre entradas e saídas do caixa.

Planilhas também podem servir para o administrativo, mas dependem muito da ação humana e oferecem menos opções de integração com demais ferramentas. Logo, não causam tanto impacto positivo na produtividade gerencial e deixam espaço para que erros humanos sejam cometidos com frequência.

3. Contratar privilegiando indicações e parentesco

Indicações de amigos e outros profissionais e parentes podem se revelar bons investimentos para a equipe de uma empresa, e fazer esse tipo de contratação por si só não é um erro. Porém, privilegiar parentes e pessoas indicadas por conhecidos de círculos sociais e profissionais é perigoso.

Muitas vezes essas pessoas não são preparadas para o trabalho como deveriam ser, além de possivelmente sentirem que possuem estabilidade por serem parentes ou indicados de amigos dos contratantes. A soma de ambas as características gera uma relação de trabalho difícil, improdutiva e que tende apenas a gerar incômodo a ambas as partes, até culminar na rescisão.

Contratações sempre devem se basear em qualidades e habilidades que o negócio precisa na sua equipe. E caso algum conhecido ou parente se encaixe nisso, então sua admissão pode ser considerada. Também é importante ter um processo seletivo bem definido e que consiga extrair o necessário dos candidatos para boas avaliações sobre as suas capacidades.

4. Não acompanhar indicadores

Indicadores financeiros, de produtividade, de atendimento ao cliente e demais medidores de performance devem ser adotados porque ajudam gestores a identificarem erros e perceberem possibilidades de melhorias para elevar os níveis de acerto e sucesso.

O negócio tem de acompanhar o menor número de indicadores possível, pois uma gama muito grande de fatores pode confundir quem for avaliá-los. Além disso, há números que não são relevantes e não precisam ser acompanhados, pois não medem algo que impacte na empresa e não permitem que uma ação relevante seja baseado em suas respostas. Normalmente, esses são os chamados “indicadores de vaidade”, que dão uma imagem positiva de algo, mas não influenciam nos resultados gerais ou de um setor.

Quanto às metas definidas para os indicadores, devem ser realistas e terem uma base sólida de concepção. Do contrário, os envolvidos podem se frustrar sendo que estão buscando algo teoricamente impossível. Por exemplo, se o negócio tem um ticket médio de R$ 500 por serviço prestado, a meta desse indicador para o mês seguinte não pode ser de R$ 900, o que seria um aumento de quase 100% da base atual em apenas 30 dias.

5. Não elaborar e seguir um planejamento estratégico

O planejamento estabelece quesitos como:

  • segmento de clientes;
  • parceiros-chave;
  • fontes de receita;
  • estrutura de custos;
  • canais de marketing e vendas.

São aspectos que servem como um guia de crescimento da empresa, com a documentação de qual caminho seguir para o progresso e como se comportar dentro dele. Portanto, não fazê-lo deixa o empreendimento sem ações e estratégias estabelecidas a serem seguidas, o que propicia a tomada de decisões baseadas apenas em feeling e vontades, que muitas vezes não geram bons resultados.

Por exemplo, os sócios podem resolver atender a todos os tipos de empresas para terem um mercado maior à disposição, no intuito de gerar mais vendas. Por outro lado, focar em um nicho de mercado poderia ser a melhor decisão, pois o foco permite que um ramo específico receba mais atenção da empresa e seja melhor estudado. Assim, a prestação de serviço para os clientes do nicho escolhido pode ter mais qualidade. E quanto mais experiência o negócio adquire em um mercado, mais facilmente pode aumentar a sua fatia dentro dele.

6. Basear-se em em grandes cases de sucesso e outros modelos de negócio

Absorver boas práticas de modelos que deram certo é correto, mas apenas se eles fizerem sentido no contexto da empresa. Nem sempre cases de sucesso de corporações internacionais e modelos inovadores podem ser adequados a uma pequena empresa, principalmente se o intuito for fazê-la crescer meteoricamente no curto prazo, o que é muito difícil.

Uma startup que foi de zero a milhões de faturamento em um ano, ainda que seja do mesmo ramo que a sua empresa, pode ter entregue uma solução personalizada que no seu país de origem tem muito mais apelo. E também pode ter recebido um rodada ou mais de financiamento com capital de risco que viabilizou a estratégia de expansão que foi colocada em prática.

É muito fácil encontrar vídeos e textos de histórias de empreendedores que cresceram vertiginosamente, inclusive começando com pouco dinheiro. E por mais que esses conteúdos sejam contagiantes e possam ensinar algo, é preciso entender os detalhes das histórias antes de replicar algo apresentado por elas. Também pode ser bastante útil consumir conteúdo que exponha histórias de insucesso, como falência de ex-gigantes, para entender o que não se deve fazer.

7. Misturar dinheiro pessoal e da empresa

Esse é um dos erros de gestão mais comum, quando o responsável lida com o dinheiro da empresa como se fosse seu, mesmo ela tendo uma conta de pessoa jurídica.

Com exceção da remuneração do gestor, todo o restante do faturamento é ganho do negócio e tem de entrar na conta jurídica ou no caixa. Da mesma forma, as contas do CNPJ têm de ser pagas com esse dinheiro, e não na conta de pessoa física do sócio.

Essa mistura de entradas e saídas gera principalmente dos problemas: mascara os resultados empresariais e dificulta o controle financeiro. O resultado disso pode ser análises erradas das finanças e tomada de decisões que vão gerar problemas e falta de caixa no futuro.

Por isso, é sempre necessário ter atenção a relatórios de controle financeiro, como os seis relatórios que abordamos nesse texto e você não pode deixar de acompanhar.