Entregar produtos aos clientes, principalmente quando a indústria toma para si o processo de transporte, requer um fluxo muito bem planejado e que dê atenção redobrada a atividades-chave e pontos críticos do embarque de cargas.
As ações e os cuidados direcionados a esse fluxo de trabalho devem ter como objetivos, reduzir ao máximo custos logísticos, otimizar recursos e garantir a satisfação dos clientes.
Neste texto, vamos abordar sete pontos do processo para analisarmos como gerenciá-los da melhor forma em prol de embarques e entregas eficientes e seguros.
Elaboração de picking list
A lista das atividades de picking ajuda os profissionais a seguirem um fluxo de trabalho padronizado de separação e preparação dos pedidos de clientes e a não errarem em volumes e tipos de produtos embarcados. Para isso, cada lista deve ter os seguintes dados:
- localização dos itens em área de estoque;
- nome do cliente;
- descrição e número de itens a expedir;
- horário e data de embarque da entrega, se já estiver prevista;
- atividades-chave e organização delas, como conferência de notas fiscais, inspeção final de produtos e forma ideal de posicionamento e empilhamento de embalagens.
Checagem de veículo
Caso a indústria mantenha uma frota própria, o responsável por direcionar um lote a determinado veículo deve ter em mãos informações sobre ele acerca de condições mecânicas e legais, além do status da disponibilidade dele e dos motoristas da empresa.
Isso é facilmente resolvido com a criação de uma escala com profissionais e entregas, que precisa ser colocada à disposição de todos os envolvidos na logística e atualizada em cada mudança ou etapa realizada.
Automação da roteirização
Uma ferramenta de roteirização prepara o itinerário levando em conta as mais diversas informações acerca das condições das vias e os destinos a serem alcançados. E ainda proporciona, na maioria das vezes, o monitoramento do deslocamento das cargas.
Logo, essa automação ajuda na pontualidade das entregas e ainda pode aumentar a segurança dos fretes e reduzir os gastos com combustível e manutenção de rotina.
Organização da entrega junto ao cliente
Antecipadamente, junto a data e hora, a empresa pode acordar com o cliente outros critérios da entrega, como:
- número de doca ou portão a ser utilizado;
- responsável pela descarga (auxiliares do motorista, funcionários do destinatário ou ambos);
- disponibilidade de equipamentos para descarga e manuseio dos itens até a área de armazenamento do cliente.
Quanto mais ações forem planejadas e conhecidas por ambas as partes com antecedência, mais rápida a entrega é finalizada e menores são as chances de ocorrerem transtornos e desentendimentos.
Solicitação de aceite dos documentos fiscais
A nota fiscal dos produtos deve ser enviada preferencialmente antes mesmo do embarque de cargas ocorrer no pátio da empresa. E o aceite ou não dela precisa ser solicitado para retorno anterior ao início do deslocamento.
Assim, evita-se que o veículo tenha de voltar para uma troca na expedição quando já está a caminho do destino ou, ainda pior, que tenha de cancelar a descarga estando no cliente para refazer a expedição e a entrega.
O mesmo vale para qualquer outro documento específico que faça parte da carga ou deva acompanhá-la. E essa checagem pode estar ma picking list citada anteriormente.
Planejamento de integração de modais
Caso o lote seja carregado e entregue em um caminhão diretamente ao cliente, não é preciso fazer um planejamento da integração de modais. Porém, se mais de um tipo de transporte for necessário para finalizar a entrega, os cuidados com essa integração se tornam muito importantes.
Primeiramente, a logística da indústria deverá escolher entre um traslado intermodal ou multimodal. Enquanto o primeiro tem mais de um agente na cadeia de frete, o segundo conta com apenas um operador logístico do traslado, que opera em todas as suas etapas.
Por exemplo, se a empresa for levar em seu veículo a carga até um porto ou aeroporto para entrega a um prestador de serviços, realiza o embarque de cargas intermodal. Então, deve realizar o alinhamento entre ela e esse transportador, além de deixar o cliente a par das etapas do processo como um todo e planejar a descarga e a entrega que esse operador fará junto ao cliente ou mesmo a outro prestador, como uma transportadora que pode receber a carga no porto ou aeroporto e levá-la até o armazém do cliente.
Na mesma ocasião, mas pelo multimodal, um prestador de serviço contratado pelo negócio assumiria todo o processo, desde a saída dos itens da expedição para um caminhão até a entrega deles no armazém do destinatário. Aqui, muitos cuidados citados acima se manteriam, mas o alinhamento entre o trabalho da frota própria e o prestador de serviços para uma troca de modal seria dispensado.
Sinalização de cargas
Tanto para o transporte próprio quanto para o terceirizado, a sinalização de tipo de carga, possibilidade de empilhamento, peso dos itens e outros dados é fundamental. Isso evita que profissionais sejam induzidos a erros, como deixar itens sensíveis abaixo de outros mais pesados.
Essa sinalização ainda ajuda em caso de transporte com carga fracionada, quando o total dos itens da carroceria são distribuídos entre mais de um cliente. As informações ajudam na organização das embalagens no compartimento e no manuseio parcial deles a cada entrega.
Outro cuidado que o setor responsável deve ter com o processo é em relação à logística de distribuição, entendendo que o embarque de cargas não o resume. Há outras tarefas e etapas, anteriores e posteriores a embarque e transporte, que fazem parte dessa logística e impactam na otimização de recursos e na satisfação dos clientes. Então, veja como gerenciar a logística de distribuição ampla e estrategicamente para ter um fluxo de trabalho eficiente.