Você sabe que sua empresa deve ter capital de giro para se manter, e crescer, já que essa é uma das regras mais básicas do empreendedorismo. Mas sabe como calcular o capital de giro bruto e líquido? É importante conhecer esse cálculo e entender a diferença entre os tipos de capital, pois são coisas diferentes e não se resumem aos valores que o negócio tem em caixa.
Além disso, também é necessário saber administrar o capital porque mesmo uma situação financeira tranquila pode ser afetada por práticas ruins de gestão financeira.
Então, veja agora a diferença entre os tipos de capital, como calcular e quatro dicas para cuidar bem dele.
Tipos de capital de giro
Capital bruto
Esse tipo é o comumente chamado apenas de “capital de giro”, sendo o valor somado do ativo circulante, que detalharemos abaixo quando explicarmos como o cálculo do capital é feito. Na prática, trata-se dos valores que o negócio possui mais o que tem a receber dentro do período que está sendo observado. Ou seja, ele não considera as obrigações financeiras para esse mesmo prazo.Capital de giro líquido
O capital líquido é aquele que sobra para a empresa depois de as obrigações de rotina do prazo serem cumpridas, para manter o negócio funcionando, aproveitar oportunidades e protegê-la contra possíveis problemas. Como o nome sugere, ele serve de indicador para avaliar a liquidez da empresa e sua capacidade de gerar saldo de caixa positivo. Por isso, também pode ser usado para avaliar a capacidade de crescimento da empresa com capital próprio, pois demonstra se ela tem possibilidades de, após cumprir suas obrigações, investir em expansão sem recorrer a financiamentos externos.Capital próprio
Esse capital é todo aquele gerado pelo próprio negócio, seja pelas suas atividades ou pela venda de bens da empresa, sendo valores de caixa, contas bancárias, contas a receber e até mesmo lucro acumulado de períodos anteriores. Já montantes em caixa e contas bancárias provenientes de financiamentos, empréstimos ou investimento de terceiros formam o capital de terceiros, quando existem. E, se for o caso, deve ser controlado e não tratado como capital próprio, sendo separado daquele em algumas análises, já que precisa ser devolvido e gera obrigações com terceiros, como juros.Capital externo ou de terceiros
Os montantes que vêm de fora são aqueles levantados em empréstimos e financiamentos, um tipo de capital que tem de ser evitado ao máximo. Em alguma ocasião, pode ser proveniente de investidores. Nesse caso, é sempre interessante analisar com cuidado os critérios do negócio e as contrapartidas, pois capital de investidores é uma grande oportunidade de crescimento sustentável para vários empreendimentos. Valores gerados em operações como adiantamento de recebíveis não são considerados capital externo ou de terceiros, pois sua fonte é a atividade da empresa, que gerou o direito dos recebimentos.Cálculo do capital de giro líquido
Somar disponibilidades e contas a receber
A soma do que a empresa possui e do que tem a receber no curto prazo resulta no ativo circulante, que pode ser facilmente encontrado na escrituração contábil do negócio. Porém, se por algum motivo não for possível consultá-lo no momento, ou se os registros não estiverem exatos, o responsável pode calcular o ativo circulante com seus controles financeiros internos. Para isso, basta somar o que há disponível e a receber ainda dentro do mês em questão. Por exemplo:- saldo da conta bancária X: R$ 10.500;
- saldo da conta bancária Y: 5.200;
- saldo em caixa: R$ 1.700;
- recebíveis do mês atual: R$ 4.300;
- ativo circulante: R$ 21.700.